O Decreto-Lei n.º 267/2009, de 29 de Setembro estabelece o regime jurídico da gestão de óleos alimentares usados (OAU), produzidos pelos setores industrial, hotelaria e restauração (HORECA) e doméstico. Este diploma confere especial enfoque à recolha de OAU no setor doméstico, atribuiu um papel de relevo aos Municípios e estabeleceu objetivos concretos para a constituição de redes municipais de recolha seletiva de OAU.
A ENERAREA - Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior, em representação dos seus Municípios Associados e em parceria com a Associação de Municípios da Cova da Beira, iniciou em 2010 o processo de recolha e valorização de OAU com a instalação de 130 oleões.
Em 2019 deu início à renovação da totalidade dos oleões instalados, para tal celebrou um protocolo de prestação de serviços de recolha seletiva de OAU com a empresa PRIO Top Level, com o intuito de instalar cerca de 200 pontos de recolha no território composto pelos Municípios de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso.
Estes oleões encontram-se equipados com um sistema de sensorização que permite a monitorização das quantidades depositadas, em tempo real, o que traz grandes benefícios no processo de recolha dos OAU, evitando que haja oleões completamente cheios e evitando deslocações desnecessárias durante o processo de recolha.
No decorrer de 2019 e 2020 foram substituídos os anteriores oleões e adicionados outros, tendo já sido instalados 172 oleões novos, prevendo-se a instalação de um total de 200 até meados de 2021.
Durante o ano de 2020 foram recolhidas e valorizadas mais de 10 toneladas de OAU na região e as estimativas são de que, em 2021 se dupliquem estes valores.
Carlos Santos, Diretor Geral da ENERAREA, apela à responsabilidade ambiental e à colaboração de todos os cidadãos da região para que este projeto continue a dar frutos, cresça e seja um bom exemplo de comportamento ambientalmente responsável, reduzindo-se, desta forma, a contaminação do meio ambiente, a par da valorização dos OAU através da produção de biocombustível.
Carlos Santos acrescenta ainda que, ''esta é uma medida de preservação ambiental que retira um dos maiores contaminantes das linhas de água, pois 1 litro de óleo tem o poder de contaminar 1 milhão de litros de água''.